terça-feira, 21 de junho de 2016

Por Que ir à Igreja? Parte 1

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"Na Impotência dos Desertos da Vida, frente a frente com o Autor da nossa História".

"Na Impotência dos Desertos da Vida, frente a frente com  o Autor da nossa História".
Texto Bíblico: Gênesis 21.8-21
Introdução:
Diante do deserto toda provisão é pouca (v.14) e ainda se acaba muito rápido (v.15). Quando entramos no deserto, saímos da normalidade (v.14c). Você sabe o que significava para Agar e Ismael, deixar o conforto das tendas, a fartura na companhia de Abraão, para entrar no deserto? Todos nós passamos por muitos desertos, e sempre Deus esteve conosco, veio ao nosso encontro e nos socorreu, mas toda vez que entramos num deserto temos a tendência de nos esquecer, e quando nos esquecemos da mão de Deus nos socorrendo, a desesperança toma conta da nossa alma (v.16). Para Agar, aquela não seria a sua primeira experiência, ela já havia passado pelo deserto, já teria experimentado todas as angústias e incertezas de se passar pelo deserto, mas também foi no deserto em que ela tiveram um encontro poderoso com o El Rói ( O Deus que tudo vê) (Gn. 16. 1 – 14). Deserto é lugar de passagem, mas quando Deus está presente, ou quando tem a percepção e a convicção da presença Dele, até o deserto se torna aprazível, habitável (v. 19 – 21).
A vida no deserto é um período que todo crente tem de passar se quiser viver em íntima comunhão com o Senhor. A passagem pelo deserto nos impulsionará na busca do encorajamento necessário na jornada em busca de Deus. É assim que você ora? Sua vida espiritual estancou ou, pior, você sente que regrediu? Você se pergunta o que teria feito para desagradar a Deus e tê-lo perdido de vista? Quem sabe não é bem assim… O que você não sabe é que chegou ao deserto! Não perca de vista o propósito do deserto para você. Você não foi rejeitado, mas Deus achou um jeito de aperfeiçoar a sua vida. Ele colocou você na mesma estrada na qual caminharam os patriarcas e profetas… eles pavimentaram a estrada que leva ao mover de Deus. Deus quer que você tenha Vitória no Deserto. - O processo que Deus usa para nos aperfeiçoar - Será preciso mesmo passar pelo deserto? - Quais os ingredientes necessários para sermos usados por Deus? – Temos mesmo que enfrentar oposição e tribulações?

·      No deserto, a terra é seca e árida; mas foi justamente ali que conhecidos servos de Deus passaram pelas mais fascinantes experiências com o Senhor.
·      No deserto, o calor durante o dia e o frio à noite são quase insuportáveis; mas nesse ambiente hostil Davi escreveu a maioria dos Salmos e Moisés ouviu a voz de Deus.
·      No deserto praticamente não há vida; mas foi ali que João Batista apontou para o Cordeiro, o autor da vida. Foi também num deserto que Elias, já desistindo de viver, foi revigorado por Deus a fim de completar seu ministério.
·      Cristo, nosso Senhor e Mestre, também passou pelo deserto, e saiu vitorioso!

Os desertos existenciais são formados basicamente, por dois tipos de crises: As interiores, que são geradas dentro de nós mesmos, por causa das nossas emoções, nossos pecados e nossa relação com a espiritualidade. E as Exteriores, que são produzidas pelo ambiente que nos rodeia e pelos outros e pelas circunstâncias.
Nosso deserto pode ser produzido por diversos fatores: um casamento falido, a chegada da velhice, uma doen­ça, um instante de necessidade, o desemprego, a crise financeira, o pesar do luto, a dor da injus­tiça, o desafio da viuvez, uma desilusão amorosa, o conflito de gerações, o vazio espiritual, o sentimento de fracasso por causa do pecado, etc.
Olhando para essa experiência de Agar e Ismael, pude chegar às seguintes conclusões:  
1) Os desertos não podem impedir Deus de ouvir nossa oração;
“ Deus, porém, ouviu a voz do menino...”(v. 17). Temos uma tendência a imaginar que o deserto é o fim, mas muitas vezes, ele é apenas o começo de uma longa caminhada com Deus. No deserto, nossa percepção deveria estar mais apurada da presença de Deus, mas muitas vezes temos a sensação de que Deus não é capaz de ouvir as nossas orações. E  eu afirmo com fé nessa noite, Deus não só ouve as nossas orações, mas ouve também as orações daqueles que oram em nosso favor, e as orações que oramos em favor dos outros. Deus é especialista em desertos, o deserto não é capaz de tapar os ouvidos de Deus (Is. 59. 2). Em meio ao seu deserto clame! Ele te ouvirá!
2) Os desertos não podem impedir Deus de falar ao nosso coração;
“...E o Anjo de Deus chamou do céu a Agar e lhe disse: Que tens Agar?” (v.17b). Por que está aflito o seu coração? Por que toda essa angústia na alma? Já se esqueceu que eu sou o El Rói ( Deus que vê)? Eu sou o Deus que vê, mas também sou o Deus fala!  Deus fala até no silêncio do deserto. Quando Deus fala as coisas acontecem... o falar de Deus é uma ordem e quando ele fala os céus e a terra obedecem...”
No meio de uma crise você procura ouvir a voz de Deus? Já aprendeu a receber dele a ajuda de que precisa?
3) Os desertos não podem impedir Deus de fortalecer a nossa confiança Nele;

“Não temas, porque Deus ouviu a voz do menino, daí onde está.” (v. 17c). De repente, quando tudo parecia perdido, Agar é surpreendida pelo El Rói (Deus que vê), manifestando-se a ela, como o (Deus que ouve) e  também como o (Deus que fala) e diz: “Não Temas!”. Dizer não temas é o mesmo que dizer: Confia em mim, vai dar tudo certo!” . Isaías 41. 10, diz: “Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel” Isaías 41. 13: “Porque eu, o Senhor, teu Deus, te tomo pela tua mão direita e te digo: Não temas, que eu te ajudo”.
“Ergue-te, levanta o rapaz, segura o pela mão”.  (v. 18ª) Deserto é lugar de desafio, os desertos não podem impedir Deus de nos desafiar a dar passos de fé... Nos desertos da vida, a nossa tendência é olhar para a vastidão do deserto, olhar para a escassez do deserto, olhar para os impedimentos do deserto, olhar para os perigos do deserto. Mas Deus está lhe dizendo esta noite: Erga-te, levanta-te, tome uma atitude! Olhe ao seu redor, mas acima de tudo olhe para mim! Ficar parado, lamentando, reclamando, murmurando não resolve, murmuradores não sobrevivem no deserto, morrem contemplando a terra prometida ( olha o exemplo da geração que saiu do Egito).
“Abrindo-lhe Deus os olhos, viu ela um poço de água” (v. 19ª). Quando estamos no deserto e olhamos para o horizonte, como quem não tem esperança, como quem está perdido, ficamos como que cegos, incapazes de enxergar uma solução da parte de Deus. Nos desertos, literalmente, é muito comum as tempestades de areia, e quando elas atingem uma pessoa, um acampamento, comprometem a visão das pessoas. Mas amados, o Deus que vê, também pode abrir-lhe os olhos, desertos não são impedimentos para a renovação da esperança, da parte de Deus. Quando você, em meio ao seu  deserto, não for capaz de ver, é o Deus que vê, por meio de uma ação sobrenatural que lhe dirá: Ephatá (abra-te os olhos, veja...) Quando seus olhos forem abertos pelo Senhor, você vai poder olhar e contemplar Deus movendo as circunstâncias em seu favor (Rm. 8. 28). Suas esperanças serão renovadas, desertos não são impedimentos para o agir de Deus ( Is. 43. 13)
“Eu farei dele um grande povo...” (v. 18b). Deus já havia prometido ( v.13)( Gn. 16. 10 – 12).
“Eu sou” é diferente de “Eu estou”. “Eu estou”, nos transmite a idéia de que pode estar agora, mas pode não estar noutro momento. Mas, “Eu Sou” nos dá a idéia de presença constante, o tempo todo, lado a lado, etc.
4) Os desertos não podem impedir Deus de nos desafiar a dar passos de fé;
5) Os desertos não podem impedir Deus de renovar a nossa esperança;
6) Os desertos não podem impedir Deus de realizar as suas promessas em nossa vida;
As promessas que Deus tem para sua vida, meu irmão, minha irmã, os desertos não impedirão a sua realização. Tenha ânimo, os desertos não são para sempre, mesmo que no deserto, Deus esteja presente, e transforma o lugar, a circunstância, mas um dia chegaremos à Terra Prometida. Os sonhos e as promessas se cumprirão, porque quem prometeu é Fiel.  Tudo era aparentemente desfavorável para Agar e Ismael, mas Deus cumpriu suas promessas, o desertos não podem impedir o agir de Deus.
7) Os desertos não podem impedir Deus de ser a nossa companhia permanente.
A melhor coisa que podemos ter nessa vida é a companhia presente, constante e permanente do nosso Deus. Se ele não te livrar do deserto, ele te livrará no deserto, ele estará e será com você no deserto. Céu e vida eterna é mais que um lugar, é a presença de Deus.  “Deus estava com o rapaz...” (v. 20ª) . quando Deus está, há crescimento, há segurança, mesmo em meio ao deserto “ habitou no deserto”, conquista seus objetivos e os planos de Deus “ Ele se tornou flecheiro”.  Há casamento, e se há casamento, há festa, há alegria, há prosperidade.

Conclusão:
Ao contrário do que muita gente pensa, deserto não é necessariamente um lugar de punições, mas com certeza é um tempo de provações, purificação, etc. Olha o que Deus disse sobre o povo nos quarenta anos que passaram pelo deserto.

O Senhor, teu Deus, te guiou no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, para te provar, para saber o que estava no teu coração... " (Dt 8.2).
Sempre que atravessar momentos difíceis, lembre-se: ou­tros já se sentiram como você se sente hoje, já passaram pelo que você agora está passando. O chão no qual você caminha traz as marcas das pegadas de milhares de viajantes antigos. Assim como você, aqueles que andaram pelos desertos da vida experimentaram momentos de angústia, isolamento, tristeza e pesar. No entanto eles não foram derrotados. Com o auxílio de Deus, não apenas deixaram para trás a aridez e a sequidão, mas encontraram, no ermo, tesouros valiosíssimos, que aben­çoaram sua alma para todo o sempre. Enfrentaram as noites gélidas, os dias escaldantes, a falta de água e comida, o peso da solidão, a ameaça da morte. O Deus em quem confiavam, no entanto, honrou sua confiança e concedeu-lhes vitória e cresci­mento. Hoje, essas vidas permanecem diante de nós como um exemplo, e também como uma certeza: a de que vale a pena confiar no Senhor em meio aos desertos desta vida.
“Andaram errantes pelo deserto, por ermos caminhos, sem achar cidade em que habitassem. Famintos e sedentos, desfalecia neles a alma. Então, na sua angústia, clamaram ao Senhor, e ele os livrou das suas tribulações. Conduziu-os pelo caminho direito, para que fossem à cidade em que habitassem. Rendam graças ao Senhor por sua bondade e por suas maravilhas para com os filhos dos homens! Pois dessedentou a alma sequiosa e fartou de bens a alma faminta. ” (SI 107.4-9.)
Quando você passar pelo deserto, saiba que Deus pode ouvir suas orações, falar-lhe ao coração, renovar suas forças, sua fé e suas esperanças. Nos desertos da vida você verá Deus cumprindo suas promessas e oferecendo sua companhia constante. Ele te ajudará a vencer nos momentos de crise, fazendo que da terra seca brotem rios de água viva. Ele prometeu: “Tornarei o deserto em açudes de águas, e a terra cerca em mananciais.”(Is. 41. 18). “Eu, o Senhor, sempre os guiarei; até mesmo no deserto, eu lhes darei de comer e farei com que fiquem sãos e fortes. Vocês serão como um jardim bem-regado, como uma fonte de onde não para de correr água”.(Is. 58. 11)

Obs. Parte do Título e os tópicos do sermão são de autoria do Pr. Júnior Lima

1.º Encontro da Fé Reformada do Vale do Aço