Este Blog tem por finalidade despertar servos adoradores a viverem em santidade de vida.
terça-feira, 21 de junho de 2016
"Na Impotência dos Desertos da Vida, frente a frente com o Autor da nossa História".
"Na Impotência dos Desertos
da Vida, frente a frente com o Autor da
nossa História".
Texto Bíblico: Gênesis
21.8-21
Diante do deserto toda provisão é pouca (v.14) e ainda se
acaba muito rápido (v.15). Quando entramos no deserto, saímos da normalidade
(v.14c). Você sabe o que significava para Agar e Ismael, deixar o conforto das
tendas, a fartura na companhia de Abraão, para entrar no deserto? Todos nós
passamos por muitos desertos, e sempre Deus esteve conosco, veio ao nosso
encontro e nos socorreu, mas toda vez que entramos num deserto temos a
tendência de nos esquecer, e quando nos esquecemos da mão de Deus nos socorrendo,
a desesperança toma conta da nossa alma (v.16). Para Agar, aquela não seria a
sua primeira experiência, ela já havia passado pelo deserto, já teria
experimentado todas as angústias e incertezas de se passar pelo deserto, mas
também foi no deserto em que ela tiveram um encontro poderoso com o El Rói ( O
Deus que tudo vê) (Gn. 16. 1 – 14). Deserto é lugar de passagem, mas quando
Deus está presente, ou quando tem a percepção e a convicção da presença Dele,
até o deserto se torna aprazível, habitável (v. 19 – 21).
A vida no
deserto é um período que todo crente tem de passar se quiser viver em íntima
comunhão com o Senhor. A passagem pelo deserto nos impulsionará na busca do
encorajamento necessário na jornada em busca de Deus. É assim que você ora? Sua
vida espiritual estancou ou, pior, você sente que regrediu? Você se pergunta o
que teria feito para desagradar a Deus e tê-lo perdido de vista? Quem sabe não
é bem assim… O que você não sabe é que chegou ao deserto! Não perca de vista o
propósito do deserto para você. Você não foi rejeitado, mas Deus achou um jeito
de aperfeiçoar a sua vida. Ele colocou você na mesma estrada na qual caminharam
os patriarcas e profetas… eles pavimentaram a estrada que leva ao mover de
Deus. Deus quer que você tenha Vitória no Deserto. - O processo que Deus usa para
nos aperfeiçoar - Será preciso mesmo passar pelo deserto? - Quais os
ingredientes necessários para sermos usados por Deus? – Temos mesmo que enfrentar
oposição e tribulações?
· No deserto, a terra é seca e árida; mas
foi justamente ali que conhecidos servos de Deus passaram pelas mais
fascinantes experiências com o Senhor.
· No deserto, o calor durante o dia e o
frio à noite são quase insuportáveis; mas nesse ambiente hostil Davi escreveu a
maioria dos Salmos e Moisés ouviu a voz de Deus.
· No deserto praticamente não há vida; mas
foi ali que João Batista apontou para o Cordeiro, o autor da vida. Foi também
num deserto que Elias, já desistindo de viver, foi revigorado por Deus a fim de
completar seu ministério.
· Cristo, nosso Senhor e Mestre, também
passou pelo deserto, e saiu vitorioso!
Os desertos existenciais são
formados basicamente, por dois tipos de crises: As interiores, que são geradas dentro de nós mesmos, por causa das
nossas emoções, nossos pecados e nossa relação com a espiritualidade. E as Exteriores, que são produzidas pelo
ambiente que nos rodeia e pelos outros e pelas circunstâncias.
Nosso deserto pode ser produzido
por diversos fatores: um casamento falido, a chegada da velhice, uma doença,
um instante de necessidade, o desemprego, a crise financeira, o pesar do luto,
a dor da injustiça, o desafio da viuvez, uma desilusão amorosa, o conflito de
gerações, o vazio espiritual, o sentimento de fracasso por causa do pecado,
etc.
Olhando para essa experiência de Agar e Ismael, pude chegar
às seguintes conclusões:
1) Os desertos não podem impedir Deus de ouvir nossa oração;
“ Deus, porém, ouviu a voz
do menino...”(v. 17). Temos uma tendência a imaginar que o deserto é o fim, mas
muitas vezes, ele é apenas o começo de uma longa caminhada com Deus. No
deserto, nossa percepção deveria estar mais apurada da presença de Deus, mas
muitas vezes temos a sensação de que Deus não é capaz de ouvir as nossas
orações. E eu afirmo com fé nessa noite,
Deus não só ouve as nossas orações, mas ouve também as orações daqueles que
oram em nosso favor, e as orações que oramos em favor dos outros. Deus é
especialista em desertos, o deserto não é capaz de tapar os ouvidos de Deus
(Is. 59. 2). Em meio ao seu deserto clame! Ele te ouvirá!
2) Os desertos não podem impedir Deus de falar ao nosso
coração;
“...E o Anjo de Deus chamou
do céu a Agar e lhe disse: Que tens Agar?” (v.17b). Por que está aflito o seu
coração? Por que toda essa angústia na alma? Já se esqueceu que eu sou o El Rói
( Deus que vê)? Eu sou o Deus que vê, mas também sou o Deus fala! Deus fala até no silêncio do deserto. Quando
Deus fala as coisas acontecem... o falar de Deus é uma ordem e quando ele fala os céus e a
terra obedecem...”
No meio de uma crise você procura ouvir a voz de
Deus? Já aprendeu a receber dele a ajuda de que precisa?
3) Os desertos não podem impedir Deus de fortalecer a nossa
confiança Nele;
“Não temas, porque Deus ouviu a voz do menino, daí onde está.” (v. 17c). De repente, quando tudo parecia perdido, Agar é surpreendida pelo El Rói (Deus que vê), manifestando-se a ela, como o (Deus que ouve) e também como o (Deus que fala) e diz: “Não Temas!”. Dizer não temas é o mesmo que dizer: Confia em mim, vai dar tudo certo!” . Isaías 41. 10, diz: “Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel” Isaías 41. 13: “Porque eu, o Senhor, teu Deus, te tomo pela tua mão direita e te digo: Não temas, que eu te ajudo”.
“Ergue-te, levanta o rapaz, segura o pela mão”. (v. 18ª) Deserto é lugar de desafio, os desertos não podem impedir Deus de nos desafiar a dar passos de fé... Nos desertos da vida, a nossa tendência é olhar para a vastidão do deserto, olhar para a escassez do deserto, olhar para os impedimentos do deserto, olhar para os perigos do deserto. Mas Deus está lhe dizendo esta noite: Erga-te, levanta-te, tome uma atitude! Olhe ao seu redor, mas acima de tudo olhe para mim! Ficar parado, lamentando, reclamando, murmurando não resolve, murmuradores não sobrevivem no deserto, morrem contemplando a terra prometida ( olha o exemplo da geração que saiu do Egito).
“Abrindo-lhe Deus os olhos, viu ela um poço de água” (v. 19ª). Quando estamos no deserto e olhamos para o horizonte, como quem não tem esperança, como quem está perdido, ficamos como que cegos, incapazes de enxergar uma solução da parte de Deus. Nos desertos, literalmente, é muito comum as tempestades de areia, e quando elas atingem uma pessoa, um acampamento, comprometem a visão das pessoas. Mas amados, o Deus que vê, também pode abrir-lhe os olhos, desertos não são impedimentos para a renovação da esperança, da parte de Deus. Quando você, em meio ao seu deserto, não for capaz de ver, é o Deus que vê, por meio de uma ação sobrenatural que lhe dirá: Ephatá (abra-te os olhos, veja...) Quando seus olhos forem abertos pelo Senhor, você vai poder olhar e contemplar Deus movendo as circunstâncias em seu favor (Rm. 8. 28). Suas esperanças serão renovadas, desertos não são impedimentos para o agir de Deus ( Is. 43. 13)
“Eu farei dele um grande povo...” (v. 18b). Deus já havia prometido ( v.13)( Gn. 16. 10 – 12).
“Não temas, porque Deus ouviu a voz do menino, daí onde está.” (v. 17c). De repente, quando tudo parecia perdido, Agar é surpreendida pelo El Rói (Deus que vê), manifestando-se a ela, como o (Deus que ouve) e também como o (Deus que fala) e diz: “Não Temas!”. Dizer não temas é o mesmo que dizer: Confia em mim, vai dar tudo certo!” . Isaías 41. 10, diz: “Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel” Isaías 41. 13: “Porque eu, o Senhor, teu Deus, te tomo pela tua mão direita e te digo: Não temas, que eu te ajudo”.
“Ergue-te, levanta o rapaz, segura o pela mão”. (v. 18ª) Deserto é lugar de desafio, os desertos não podem impedir Deus de nos desafiar a dar passos de fé... Nos desertos da vida, a nossa tendência é olhar para a vastidão do deserto, olhar para a escassez do deserto, olhar para os impedimentos do deserto, olhar para os perigos do deserto. Mas Deus está lhe dizendo esta noite: Erga-te, levanta-te, tome uma atitude! Olhe ao seu redor, mas acima de tudo olhe para mim! Ficar parado, lamentando, reclamando, murmurando não resolve, murmuradores não sobrevivem no deserto, morrem contemplando a terra prometida ( olha o exemplo da geração que saiu do Egito).
“Abrindo-lhe Deus os olhos, viu ela um poço de água” (v. 19ª). Quando estamos no deserto e olhamos para o horizonte, como quem não tem esperança, como quem está perdido, ficamos como que cegos, incapazes de enxergar uma solução da parte de Deus. Nos desertos, literalmente, é muito comum as tempestades de areia, e quando elas atingem uma pessoa, um acampamento, comprometem a visão das pessoas. Mas amados, o Deus que vê, também pode abrir-lhe os olhos, desertos não são impedimentos para a renovação da esperança, da parte de Deus. Quando você, em meio ao seu deserto, não for capaz de ver, é o Deus que vê, por meio de uma ação sobrenatural que lhe dirá: Ephatá (abra-te os olhos, veja...) Quando seus olhos forem abertos pelo Senhor, você vai poder olhar e contemplar Deus movendo as circunstâncias em seu favor (Rm. 8. 28). Suas esperanças serão renovadas, desertos não são impedimentos para o agir de Deus ( Is. 43. 13)
“Eu farei dele um grande povo...” (v. 18b). Deus já havia prometido ( v.13)( Gn. 16. 10 – 12).
“Eu sou” é diferente de “Eu
estou”. “Eu estou”, nos transmite a idéia de que pode estar agora, mas pode não
estar noutro momento. Mas, “Eu Sou” nos dá a idéia de presença constante, o
tempo todo, lado a lado, etc.
4) Os desertos não podem impedir Deus de nos desafiar a dar
passos de fé;
5) Os desertos não podem impedir Deus de renovar a nossa
esperança;
6) Os desertos não podem impedir Deus de realizar as suas
promessas em nossa vida;
As
promessas que Deus tem para sua vida, meu irmão, minha irmã, os desertos não
impedirão a sua realização. Tenha ânimo, os desertos não são para sempre, mesmo
que no deserto, Deus esteja presente, e transforma o lugar, a circunstância,
mas um dia chegaremos à Terra Prometida. Os sonhos e as promessas se cumprirão,
porque quem prometeu é Fiel. Tudo era
aparentemente desfavorável para Agar e Ismael, mas Deus cumpriu suas promessas,
o desertos não podem impedir o agir de Deus.
7) Os desertos não podem impedir Deus de ser a nossa
companhia permanente.
A melhor
coisa que podemos ter nessa vida é a companhia presente, constante e permanente
do nosso Deus. Se ele não te livrar do deserto, ele te livrará no deserto, ele
estará e será com você no deserto. Céu e vida eterna é mais que um lugar, é a
presença de Deus. “Deus estava com o
rapaz...” (v. 20ª) . quando Deus está, há crescimento, há segurança, mesmo em
meio ao deserto “ habitou no deserto”, conquista seus objetivos e os planos de
Deus “ Ele se tornou flecheiro”. Há
casamento, e se há casamento, há festa, há alegria, há prosperidade.
Conclusão:
Ao contrário do que
muita gente pensa, deserto não é necessariamente um lugar de punições, mas com
certeza é um tempo de provações, purificação, etc. Olha o que Deus disse sobre
o povo nos quarenta anos que passaram pelo deserto.
O Senhor,
teu Deus, te guiou no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, para te
provar, para saber o que estava no teu coração... " (Dt 8.2).
Sempre que atravessar momentos difíceis, lembre-se: outros
já se sentiram como você se sente hoje, já passaram pelo que você agora está
passando. O chão no qual você caminha traz as marcas das pegadas de milhares de
viajantes antigos. Assim como você, aqueles que andaram pelos desertos da vida
experimentaram momentos de angústia, isolamento, tristeza e pesar. No entanto
eles não foram derrotados. Com o auxílio de Deus, não apenas deixaram para trás
a aridez e a sequidão, mas encontraram, no ermo, tesouros valiosíssimos, que abençoaram
sua alma para todo o sempre. Enfrentaram as noites gélidas, os dias
escaldantes, a falta de água e comida, o peso da solidão, a ameaça da morte. O
Deus em quem confiavam, no entanto, honrou sua confiança e concedeu-lhes
vitória e crescimento. Hoje, essas vidas permanecem diante de nós como um
exemplo, e também como uma certeza: a de que vale a pena confiar no Senhor em
meio aos desertos desta vida.
“Andaram
errantes pelo deserto, por ermos caminhos, sem achar cidade em que habitassem.
Famintos e sedentos, desfalecia neles a alma. Então, na sua angústia, clamaram
ao Senhor, e ele os livrou das suas tribulações. Conduziu-os pelo caminho
direito, para que fossem à cidade em que habitassem. Rendam graças ao Senhor
por sua bondade e por suas maravilhas para com os filhos dos homens! Pois
dessedentou a alma sequiosa e fartou de bens a alma faminta. ” (SI
107.4-9.)
Quando você passar pelo deserto, saiba que Deus pode
ouvir suas orações, falar-lhe ao coração, renovar suas forças, sua fé e suas
esperanças. Nos desertos da vida você verá Deus cumprindo suas promessas e
oferecendo sua companhia constante. Ele te ajudará a vencer nos momentos de
crise, fazendo que da terra seca brotem rios de água viva. Ele prometeu:
“Tornarei o deserto em açudes de águas, e a terra cerca em mananciais.”(Is. 41.
18). “Eu, o Senhor, sempre os guiarei; até
mesmo no deserto, eu lhes darei de comer e farei com que fiquem sãos e fortes. Vocês
serão como um jardim bem-regado, como uma fonte de onde não para de correr
água”.(Is. 58. 11)
Obs. Parte do Título e os tópicos do sermão são de autoria do Pr. Júnior Lima
sábado, 1 de novembro de 2014
O IDEAL DA REFORMA PROTESTANTE: RETORNO ÀS ESCRITURAS
O
IDEAL DA REFORMA PROTESTANTE: RETORNO ÀS ESCRITURAS

A conhecida Reforma Protestante
do século dezesseis (31 de Outubro de 1517), que teve como seu maior expoente, o
monge agostiniano, Martinho Lutero, quando o mesmo, fixou nas portas da igreja
de Wittenberg, na Alemanha, as noventa e cinco teses contra as indulgências e
os desmandos do papado, na verdade, respondia a anseios anteriores, quando
desvios doutrinários já se percebia e influenciava a igreja já nos Séculos II e
III e que ficaram mais evidentes após essa primeira tentativa de Oficialização
da Igreja pelo Estado, com o Imperador Constantino e o Bispo de Roma, Silvestre
(Concílio de Nicéia, 325 d.C.). O Concílio de Nicéia trouxe grandes
contribuições teológico-doutrinárias, mas infelizmente, deixou o terrível
legado da Oficialização da Igreja pelo Estado, que ao longo dos anos, fez com
que a Igreja fosse se deteriorando, afastando das Escrituras Sagradas,
defendidas no próprio Concílio de Nicéia, e abandonando a verdadeira Doutrina
dos Apóstolos (Atos 2. 42; I Co. 3. 11; Ef. 2. 20-22) até que se culminasse na
Reforma em 1517. Portanto, a Reforma não
foi uma inovação na igreja, mas uma volta à doutrina dos apóstolos. Não foi um acidente
ou desvio de rota, mas um retorno às Sagradas Escrituras. A Reforma tinha por
ideal colocar a igreja de volta no caminho
da verdade. Pensando nas grandes ênfases da Reforma, será que a Igreja que se
diz Protestante hoje, ou Evangélica, não estaria precisamos retornar aos
pressupostos da Reforma? Vejamos os principais:
1) Sola
Scriptura (Somente as Escrituras Sagradas) – Esse princípio fala da
singularidade das Escrituras Sagradas (ou seja a Bíblia Sagrada é única) e
acentua que ela é a nossa única regra de fé e prática e que devemos rejeitar,
categoricamente, qualquer doutrina que não esteja fundamentada na Palavra de
Deus. Lutero reafirmou o que a própria Escritura diz dela mesma: “Inspirada” (II
Tm. 3. 16, 17; II Pd. 1. 20, 21); “Inerrante” (Sl.19.7; 119. 140; Mt. 5. 17-20;
Jo. 10. 35; 17.17); “Infalível” (Dt 18.22; Dn 9.2; Mt 1.22; Mc 13.31; Jo.35; At 1.3).
“Suficiente” (Mt. 22.29; Jo. 5.39, Jo. 20. 30, 31; II Tm. 3.16). Nada podemos acrescentar às
Escrituras nem retirar delas qualquer de seus ensinamentos (Ap. 22. 18-20). A
Palavra de Deus é, portanto, inspirada, inerrante, infalível e suficiente
porque sua origem não é humana, mas divina. É inerrante, porque não há erros seu
conteúdo, infalível porque tudo quanto ela diz se cumpre, Palavras e profecias
e suficiente, porque tudo quanto ela diz é o bastante para se cumprir o seu
propósito: Revelar a Glória de Deus na salvação dos eleitos e no juízo sobre os
ímpios. Não podemos acrescentar nossas experiências, nem as tradições da igreja
à Palavra de Deus. Pelo contrário, as Escrituras Sagradas é que julgam as
nossas experiências e tradições. Temos vivido dias, infelizmente, em que as
experiências e as tradições têm falado mais que as Escrituras.
4)
Solus Christus – (Somente Cristo) - Esse pressuposto
levantado por Lutero, na Reforma, traz a evidência de que Jesus Cristo, o Filho
de Deus, é o único Mediador entre Deus e os homens (I Tm. 2.5). Ele é o Único Caminho que nos leva ao Pai (Jo.
14.6). Ele é a Porta do céu (Jo. 10. 9). O véu do templo foi rasgado de alto a
baixo pela sua morte na cruz e abriu-nos um novo e vivo caminho para Deus (Hb.
10. 20). Jesus é o único Salvador e não há nenhum outro nome dado entre os
homens pelo qual importa que sejamos salvos (At. 4. 12). Todas as coisas foram
feitas por Ele, por isso, Jesus é único Senhor do universo (Jo. 1.3). Jesus
recebeu um nome que está acima de todo nome, e diante dele se dobra todo joelho
no céu, na terra e debaixo da terra, e que toda língua confesse que ele é o
Senhor para a glória de Deus Pai (Fp. 2. 9-11). Há muita gente querendo ocupar
o lugar de Cristo!
Pr. Erisvaldo Souza Leite
segunda-feira, 27 de outubro de 2014
REFORMA E REAVIVAMENTO: CRESCIMENTO CONTAGIANTE DA IGREJA
Reforma e Reavivamento: Crescimento Contagiante da Igreja
Em 31 de outubro iremos
comemorar os 497 anos da Reforma Protestante, que foi levada a efeito por
Martinho Lutero em 31 de outubro de 1517, quando fixou suas famosas 95 teses na
porta da igreja do Castelo de Wittemberg, na Alemanha.
Com efeito, as bases da Reforma
Protestante ainda continuam a falar entre nós. Penso que hoje, elas bradam
ainda mais fortemente do que há 497 anos atrás. Nunca esses princípios se
tornaram tão importantes como nos dias em que estamos vivendo. Os pilares expostos
pela reforma precisam ser reafirmados e vivenciados por pessoas ávidas e
sequiosas por mudanças radicais e que ensejam estar perante a face de Deus. Os ensinamentos da Reforma podem ser resumidos em
cinco pontos:
(1) Sola Scriptura: Somente a Palavra de Deus;
(2)
Sola Gratia: Somente a Graça de Deus;
(3) Sola Fide: Somente a fé;
(4) Sola
Christus: Somente Cristo;
(5) Soli Deo Gloria: Somente a Deus dar glória.
Penso que tais pilares traduzem
necessariamente a idéia de um reavivamento espiritual. Um retorno bíblico e
cristocêntrico da Igreja pós moderna. O avivamento está intrinsecamente ligado
ao crescimento da Igreja. Sob certas condições, pode-se afirmar que o
reavivamento causa o crescimento da Igreja.
Reavivamento significa primeiramente
purificação e vitalização da Igreja existente. O reavivamento é um dos
principais meios de Deus para vivificar a sua Igreja e desenvolver seu programa
de justiça, misericórdia e evangelização.
Heber Carlos de Campos diz que: “Reforma é a
descoberta da verdade bíblica que conduz à purificação da teologia. Ela envolve
a redescoberta da Bíblia como o juiz e o guia de todo pensamento e ação; ela
corrige os erros de interpretação; ela dá precisão, coerência e coragem para a
confissão doutrinária; ela dá forma e energia à adoração corporativa do Deus
triúno”[1].
Na
verdade vivenciamos uma época em que a verdade da Palavra de Deus encontra-se
escondida, o que provoca nos crentes pós modernos aridez, sequidão e
distanciamento de Deus. Uma volta à Palavra se faz necessária para ocasionar
nos meios evangélicos um reavivamento, um ardente desejo por Deus e assim
experimentar um vertiginoso crescimento para o Reino de Deus
Não
há meio de separar reforma de reavivamento. Parecem irmãos gêmeos nos grandes
feitos do Senhor. Quando os dois entram em evidencia, o resultado é um
contagiante crescimento na Igreja. Quando Deus concede o reavivamento ao seu
povo, o padrão normal é que a santidade de vida aumenta, um novo poder é
experimentado e o Evangelho de Cristo é proclamado com fervor, paixão e
devoção. O reavivamento conduz a Igreja a uma vida santa, ética e moral. O
reavivamento é uma força geradora de poder, dinamismo e fé. O reavivamento
impulsiona o cristão a proclamar o evangelho com eficácia, perspicácia e
objetivo.
Porque
olharmos para o crescimento da Igreja sob a ótica de reforma e reavivamento?
Heber Carlos de Campos responde: “Quando falamos de crescimento de igreja temos
que olhá-lo como uma moeda com dois lados. De um lado é a Reforma; do outro e o
Reavivamento. A primeira traz a solidez e a pureza doutrinárias, elementos
essenciais para que a igreja cresça qualitativamente; a segunda traz a
verdade doutrinária extrema viva e ardente em nossos corações, impulsionando o
povo de Deus a uma vida limpa e de testemunho sincero e voluntário da
experiência vivida com Deus e a pujante proclamação da verdade da Escritura,
elementos absolutamente vitais para o crescimento da igreja. Isto faz com que a
igreja também cresça quantitativamente”.
Reforma e reavivamento estão vinculados
à Palavra de Deus. A Escritura é o padrão para a Igreja. É ela que contém o
manual prático para a eficiência na busca de um vertiginoso crescimento
quantitativo e qualitativo da Igreja.
Reforma
e reavivamento levam à praticidade da vida cristã autêntica. Padrões éticos e
morais são evidenciados por cristãos “... irrepreensíveis e sinceros, filhos de
Deus inculpáveis, no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual
resplandeceis como astros no mundo" (Fp 2.15). Cristãos que cumprem a
determinação de Jesus que diz: "Assim resplandeça a vossa luz diante dos
homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está
nos céus." (Mt 5.16)
Busquemos
o crescimento da Igreja, mas busquemos antes a reforma e o reavivamento.
Reforma da nossa fé, reavivamento da nossa conduta. Reforma do nosso ser
interior, reavivamento das nossas ações exteriores. Reforma dos nossos
sentimentos, reavivamento de nosso desejo por Deus. Grande crescimento da
Igreja após a reforma e o reavivamento virá onde todas as condições estiverem
acertadas à luz da Palavra de Deus. O reavivamento e a reforma provocarão uma
grande colheita, uma grande conquista ao ter elementos certos e valores corretos
que desfrutem da aprovação do Eterno Deus.
“Ouvi,
SENHOR, a tua palavra, e temi; aviva, ó SENHOR, a tua obra no meio dos anos, no
meio dos anos faze-a conhecida; na tua ira lembra-te da misericórdia.” (Hc 3.2)
[1] Heber Carlos de Campos. Crescimento de Igreja: Com Reforma ou com Reavivamento? Revista Fides Reformata. 1996
sexta-feira, 11 de julho de 2014
CONFISSÕES DOUTRINÁRIAS DE UM PASTOR BATISTA
CONFISSÕES DOUTRINÁRIAS DE UM PASTOR BATISTA
Chamam-me de Calvinista, por ter algumas crenças comuns a Calvino, como as “Doutrinas da Graça”, assim como poderia ser chamado de Reformado, por crer nos cinco pilares da Reforma (Sola Scriptura, Sola Fide, Sola Gratia, Sollus Crhistus, Soli Deo Glória), mas não faço nenhuma questão de ser chamado de “Calvinista” ou “Reformado”, mas também, não tenho nenhuma dificuldade em ser identificado com um ou com o outro ou mesmo com os dois, por termos algumas crenças em comum. Mas, sou Batista, e sempre me considerei um herdeiro da Reforma. No entanto, conforme fui aprofundando o conhecimento histórico da nossa denominação, percebi que outras pessoas e movimentos contribuíram de forma importante para chegarmos onde chegamos. Falo dos puritanos separatistas, diretamente, e dos anabatistas, indiretamente (uma questão controversa...).
Não tenho dúvida que a nossa teologia é reformada (basta comparar com a católica romana ou ortodoxa). Mas não é reformada por causa de Lutero ou Calvino, é reformada por causa da Bíblia. Por exemplo, creio na predestinação, mas isso não me leva a assinar por baixo o batismo infantil ou o conceito de sacramento de Calvino. Ou seja, aplico I Tessalonicenses 5.21 “mas ponham à prova todas as coisas e fiquem com o que é bom” (NVI)
Da mesma forma posso aproveitar algumas coisas de Agostinho sem cair no erro católico romano.
Creio que os “Batistas”, não têm nenhuma pretensão de achar que são os únicos certos, ou únicos detentores da verdade, penso que talvez sejam estes, alguns dos erros cometidos por Calvino, por seus seguidores, pelos radicais “hipercalvinistas” e seja o risco que Calvinistas atuais correm, a ponto de se tornarem intolerantes com os que pensam e creem diferente.
Homens de Deus na história da igreja como na modernidade defenderam os princípios da Reforma veemente como John Gill, John Bunyan (peregrino), Charles Spurgeon (que diga-se de passagem foi um grande defensor da fé reformada, é só ler "O Spurgeon que foi esquecido" de Iain Murray, Pr. assistente de Martin-Lloyd-Jones na capela de Westminster, John Dagg, John Piper, Paul Washer, Wayne Grudem, Albert Mohler, Tom Ascol, Mark Dever, Errol Hulse e tantos outros americanos e britânicos, bem como aqui no Brasil, homens como Russell Shedd, Alan Myatt, Andrew King, Gilson Santos, Franklin Ferreira, Luiz Sayão, Silas Campos, como tantos outros tem militado por uma fé bíblica entendendo os postulados da Reforma como tal e buscando aplica-los em nosso contexto brasileiro, sem contudo, perderem a essência e os princípios distintivos batistas.
Contudo, a fé não é dos batistas, dos presbiterianos, dos assembleianos ou de um grupo denominacional em particular somente, mas de todos os santos e devemos defendê-la. “Amados, procurando eu escrever-vos com toda a diligência acerca da salvação comum, tive por necessidade escrever-vos, e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos” (Jd 3).
terça-feira, 5 de novembro de 2013
A URGÊNCIA DA PREGAÇÃO
O puritano Richard Baxter comentou certa vez: "Preguei como se tivesse certeza de que nunca mais pregaria. Preguei como um homem prestes a morrer para pessoas que estão morrendo". Cada geração de pregadores é confrontada com novos desafios, tanto intelectuais como espirituais. Para Baxter, o desafio era um mundo ainda se organizando depois do tumulto da Reforma e começando a experimentar a revolução intelectual do iluminismo. Para nós, o desafio é algo diferente - um mundo pós-moderno em que a verdade tem sido desconstruída, a terapia reina, a autoridade e os textos foram descartados e a moraalidade foi substituída por maneeiras de pensar terapêuticaas. (continua) (Extraído do Livro "Deus não está em silêncio" - R. Albert Mohler, Jr.
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